Numa entrevista a Oprah Winfrey, Nicholas Perricone, um dos mais famosos dermatologistas do mundo, garantia a milhões de espectadores que o consumo regular de chá verde é uma ajuda preciosa para quem tem um conflito aberto com a balança.
Dizia então este especialista que se, em vez de café, passássemos a consumir chá verde, ao fim de um mês pesaríamos menos dois a três quilos.
A argumentação do dermatologista está fundamentada, não apenas na sua experiência clínica, mas também em diversos estudos científicos que, nos últimos tempos, (para além das propriedades antioxidantes deste chá, essenciais a nível cardiovascular) têm sublinhado o seu contributo para quem deseja redefinir a silhueta.
Nicholas Perricone não foi, no entanto, o único a ser seduzido por esta bebida. Na verdade, o chá verde já se tornou um trunfo da indústria farmacêutica, tendo sido lançados no mercado produtos que conciliam as propriedades do seu extracto com o ácido linoleico conjugado, outra substância dita à prova de gordura.
TERAPIA DO CHÁ
Recentemente, uma equipa de investigadores da Universidade japonesa de Tohuku, após analisar mais de 40 mil pessoas durante 11 anos, chegou à conclusão que o consumo de chá verde (pelo menos cinco chávenas por dia) diminuía em cerca de 26 por cento o risco de morte por doença cardiovascular.
E sabe quem era especialmente beneficiado pela acção desta bebida? O sexo feminino! Outras investigações alargam o leque de benefícios deste tipo de chá em patologias como o cancro ou doenças do foro ósseo e associam-no à redefinição da composição corporal.
Uma pesquisa suíça destaca o potencial terapêutico do chá verde ao nível da obesidade, assim como um estudo divulgado pelo American Journal of Clinical Nutrition constatou que o seu extracto não só estimula a eliminação de gordura como os gastos de energia que ocorrem graças ao processo de digestão, absorção e metabolização dos alimentos.
Uma dupla acção que, na prática, se traduz depois na redução de peso.
ACÇÃO ANTI-FLACIDEZ
Um dos maiores riscos que corremos ao iniciarmos uma dieta é adquirirmos uma indesejável flacidez. Isto acontece não só porque o regime alimentar é desajustado às nossas necessidades energéticas, como não é acompanhado pela prática de exercício físico.
Até podemos ver os ponteiros da balança a baixar, mas isso não significa que nos estejamos a livrar de gordura. Estamos, sim, a perder massa muscular. É exactamente neste ponto que o ácido linoleico conjugado (CLA) se destaca.
Trata-se de uma substância que, actuando ao nível do nosso metabolismo, impede que as gorduras se escondam, digamos assim, nas células adiposas e reencaminha-as para os músculos, contrariando a perda de massa muscular.
Não admira, portanto, que dadas as suas características esta substância (uma versão alterada de um ácido gordo presente no leite e carne vermelha) seja usada, sob a forma de suplementos, por alguns desportistas.
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Publicado por Nazaré Tocha em http://mulher.sapo.pt em 29-08-2007
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