«O problema de uma alimentação incorrecta é muitas vezes menosprezado, tanto pelos pais como pela escola, porque não dói de imediato.»
Os pais deixam arrastar a situação e não tentam regrar nem corrigir a alimentação dos filhos», menciona Magda Serras, acrescentando:
«Os pais têm de compreender que uma alimentação mais saudável, hoje, vai prevenir todo um conjunto de doenças, no futuro, como a diabetes, a hipercolesterolemia ou a obesidade.»
A nutricionista alerta para outro erro cometido com frequência pelos pais, nomeadamente quando «dão as mesmas quantidades de comida a uma criança e a um adulto. É errado, pois não têm as mesmas necessidades nutricionais».
«Há a tendência para, por exemplo, dar ao filho um bife igual ao dos pais. No entanto, o bife deverá ser menor, uma vez que, além do excesso de peso que cria a longo prazo, pode provocar uma sobrecarga renal».
É necessário adequar as quantidades à idade e peso da criança. A nutricionista dá, ainda, o exemplo do leite:
«Uma criança com 1 ano de idade necessita de cerca de 800 miligramas (mg) de cálcio, enquanto a partir dos 6 até aos 12 precisa de uma dose entre 800-1200 mg. Esta necessidade volta a aumentar para os adolescentes a partir dos 12 – 1200 a 1300 mg.»
Contudo, a prática de uma alimentação errada não depende apenas dos pais.
«As escolas têm também responsabilidade neste assunto, pelo tipo de comida que disponibilizam nas cantinas, oferecendo uma dieta desequilibrada do ponto de vista nutricional», afirma Magda Serras.
Normalmente, verifica-se a abundância de pratos de confecção simples, na maioria dos casos envolvendo fritos, ricos em gordura e de baixo custo.
«Quase sempre são fritos e verifica-se um défice de peixe. Por outro lado, a sopa não é obrigatória», refere a mesma nutricionista.
E quando o prato é peixe cozido? É fácil! O bar da escola passa a ser a melhor solução aos olhos das crianças.
Segundo Magda Serras, «regra geral, nas prateleiras do bar da escola é mais fácil encontrar bolos, batatas fritas embaladas e fatias de pizza do que uma sanduíche ou um iogurte, que seria muito mais saudável.
Mesmo os pais, ao prepararem o lanche dos filhos, devem pensar duas vezes antes de mandar um bolo. Uma sanduíche não dá assim tanto trabalho a preparar e é muito mais saudável».
Todavia, a nível escolar, o cenário começa a melhorar. De acordo com a nutricionista, «as instituições privadas começam a oferecer um tipo de alimentação mais correcta. Mas ainda estamos muito atrás e os avanços são pequenos e sabem a pouco, quando comparados com a França, por exemplo, em que há toda uma planificação das ementas nas escolas, da cantina às máquinas de bolos, passando pelos bares escolares».
Além disso, só é preciso um pouco de imaginação para fazer pratos saudáveis e apelativos aos olhos dos pequenos!
«Um dos truques que costumo ensinar é utilizar alimentos de várias cores no prato», comenta a nossa entrevistada. O verde, o branco, o vermelho e o amarelo dos legumes tornam o prato muito mais apetitoso e apelativo.
Além disso, trata-se também de providenciar à criança todos os nutrientes presentes nos alimentos de diferentes cores, como o tomate, o pepino, o milho, a beterraba, entre outros.
Artigo publicado no site http://saude.sapo.pt - Responsabilidade da revista Medicina & Saúde
Os pais deixam arrastar a situação e não tentam regrar nem corrigir a alimentação dos filhos», menciona Magda Serras, acrescentando:
«Os pais têm de compreender que uma alimentação mais saudável, hoje, vai prevenir todo um conjunto de doenças, no futuro, como a diabetes, a hipercolesterolemia ou a obesidade.»
A nutricionista alerta para outro erro cometido com frequência pelos pais, nomeadamente quando «dão as mesmas quantidades de comida a uma criança e a um adulto. É errado, pois não têm as mesmas necessidades nutricionais».
«Há a tendência para, por exemplo, dar ao filho um bife igual ao dos pais. No entanto, o bife deverá ser menor, uma vez que, além do excesso de peso que cria a longo prazo, pode provocar uma sobrecarga renal».
É necessário adequar as quantidades à idade e peso da criança. A nutricionista dá, ainda, o exemplo do leite:
«Uma criança com 1 ano de idade necessita de cerca de 800 miligramas (mg) de cálcio, enquanto a partir dos 6 até aos 12 precisa de uma dose entre 800-1200 mg. Esta necessidade volta a aumentar para os adolescentes a partir dos 12 – 1200 a 1300 mg.»
Contudo, a prática de uma alimentação errada não depende apenas dos pais.
«As escolas têm também responsabilidade neste assunto, pelo tipo de comida que disponibilizam nas cantinas, oferecendo uma dieta desequilibrada do ponto de vista nutricional», afirma Magda Serras.
Normalmente, verifica-se a abundância de pratos de confecção simples, na maioria dos casos envolvendo fritos, ricos em gordura e de baixo custo.
«Quase sempre são fritos e verifica-se um défice de peixe. Por outro lado, a sopa não é obrigatória», refere a mesma nutricionista.
E quando o prato é peixe cozido? É fácil! O bar da escola passa a ser a melhor solução aos olhos das crianças.
Segundo Magda Serras, «regra geral, nas prateleiras do bar da escola é mais fácil encontrar bolos, batatas fritas embaladas e fatias de pizza do que uma sanduíche ou um iogurte, que seria muito mais saudável.
Mesmo os pais, ao prepararem o lanche dos filhos, devem pensar duas vezes antes de mandar um bolo. Uma sanduíche não dá assim tanto trabalho a preparar e é muito mais saudável».
Todavia, a nível escolar, o cenário começa a melhorar. De acordo com a nutricionista, «as instituições privadas começam a oferecer um tipo de alimentação mais correcta. Mas ainda estamos muito atrás e os avanços são pequenos e sabem a pouco, quando comparados com a França, por exemplo, em que há toda uma planificação das ementas nas escolas, da cantina às máquinas de bolos, passando pelos bares escolares».
Além disso, só é preciso um pouco de imaginação para fazer pratos saudáveis e apelativos aos olhos dos pequenos!
«Um dos truques que costumo ensinar é utilizar alimentos de várias cores no prato», comenta a nossa entrevistada. O verde, o branco, o vermelho e o amarelo dos legumes tornam o prato muito mais apetitoso e apelativo.
Além disso, trata-se também de providenciar à criança todos os nutrientes presentes nos alimentos de diferentes cores, como o tomate, o pepino, o milho, a beterraba, entre outros.
Artigo publicado no site http://saude.sapo.pt - Responsabilidade da revista Medicina & Saúde
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