sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vida social activa protege contra demência


Um estudo sueco revela que manter uma vida social activa e ter uma personalidade relaxada diminuem em metade o risco de demência

O estudo foi efectuado por uma equipa de investigadores suecos, afirmando que as pessoas activas socialmente não cediam facilmente ao stress, e tinham menos 50% de risco de desenvolver demência comparativamente às pessoas que viviam mais isoladas e tinham tendência para o stress.

“No passado, estudos demonstraram que perturbações crónicas podem afectar partes do cérebro, como o hipocampo, possivelmente levando à demência”, afirmou Hui-Xin Wang do Karolinska Institute da Suécia, que conduziu o estudo.
“Mas as nossas descobertas sugerem que ter uma personalidade calma e relaxada, em combinação com um estilo de vida socialmente activo, pode fazer diminuir ainda mais o risco de desenvolver demência”, acrescentou a investigadora.

Estima-se que cerca de 24 milhões de pessoas a nível mundial tenham perda de memória, problemas de orientação e outros sintomas característicos da doença de Alzheimer e de outras formas de demência.
Os investigadores acreditam que o número de pessoas com demência pode quadruplicar em 2040, sendo por isso fundamental compreender melhor esta condição.

O estudo sueco envolveu 506 idosos que não tinham demência quando foram examinados pela primeira vez. Os voluntários realizaram questionários sobre os seus traços de personalidade e estilos de vida, tendo posteriormente sido acompanhados durante seis anos.

Ao longo desse tempo, 144 pessoas desenvolveram demência, com os homens e mulheres socialmente activos e menos stressados a revelarem metade da probabilidade de serem diagnosticados com essa condição.

“A boa notícia é que o estilo de vida pode ser modificado, ao contrário de factores genéticos, que não podem ser controlados”, sublinhou Wang. “Mas isto são resultados preliminares, por isso não é claro exactamente como é que a atitude mental influencia o risco de demência”, concluiu a investigadora.


Artigo publicado em FARMACIA.COM.PT por Pedro Santos

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