sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ingestão elevada de cálcio associada a redução de doença cardíaca


Segundo um estudo Sueco, a ingestão de cálcio acima dos níveis diários recomendados pode reduzir o risco de morte por doença cardíaca e cancro em 25%.

A ingestão média diária de 1953 mg de cálcio foi também associada a uma redução do risco de mortalidade por doença cardíaca isolada, comparativamente à ingestão média de 990 mg por dia. Por outro lado, os investigadores do Karolinska Institutet revelaram que a ingestão de magnésio não foi associada à mortalidade por todas as causas, doença cardíaca ou cancro.

De acordo com os US National Institutes of Health (NIH), a ingestão diária recomendada de cálcio para pessoas entre os 19 e os 50 anos de idade é de 1000mg para homens e mulheres.

A equipa analisou dados de 23.366 homens suecos com idades entre os 45 e os 79 anos sem qualquer tipo de suplementação dietética. Entre 1998 e 2007 foram documentadas 2.358 mortes, as quais incluíram 819 mortes por doença cardiovascular e 738 por cancro.

Os níveis de ingestão de cálcio mais elevados, quase o dobro dos níveis recomendados, foram associados a 25% de redução da mortalidade por todas as causas, quando comparados com os níveis mais baixos. A ingestão de magnésio de 523mg por dia não foram associados a quaisquer modificações para o risco de morte por todas as causas, doença cardiovascular ou cancro.

“Este estudo prospectivo de base populacional de homens com elevada ingestão de cálcio e magnésio demonstrou que a ingestão de cálcio acima das recomendações diárias pode reduzir a mortalidade por todas as causas”, concluíram os investigadores.

No entanto, de acordo com o NIH’s Office of Dietary Supplements, a ingestão elevada de cálcio pode comprometer a função renal e afectar negativamente a absorção de outros minerais.


Artigo publicado no site da Associação Portuguesa de Dietistas. Fonte: Am J Epidemiol.

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