quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Azeite

O azeite é considerado uma das gorduras mais saudáveis por ser rico em ácidos gordos monoinsaturados e suportar altas temperaturas sem degradação. No entanto, não deixa de ser uma gordura e ter um valor energético muito elevado.

O azeite é usado abundantemente na culinária desde tempos remotos, nomeadamente na dieta mediterrânea tradicional.

O azeite é composto quase exclusivamente por lípidos (99,9%), cuja maior percentagem é constituída por ácidos gordos monoinsaturados, principalmente ácido oleico. Além disso, destaca-se o seu teor em vitamina E e polifenóis.

O grau de acidez do azeite está relacionado com a quantidade de ácidos gordos livres que este possui e também com a variedade e estado de maturação da azeitona aquando da colheita.


Vantagens

A dieta mediterrânea tradicional está associada com um baixo risco de doença cardiovascular e o azeite desempenha um papel fundamental nesta protecção. De facto, os ácidos gordos monoinsaturados do azeite ajuda a baixar o LDL (“mau colesterol”) e eleva o HDL (“bom colesterol”), beneficiando a saúde cardiovascular.

A vitamina E e os polifenóis evitam a oxidação e protegem a integridade de diversos componentes celulares, nomeadamente das lipoproteínas que transportam o colesterol no sangue e ajudam, assim, a prevenir problemas cardiovasculares. Além desta função antioxidante, os polifenóis têm uma acção antinflamatória e anticoagulante, ajudando na protecção contra o cancro do cólon e osteoporose.

Os lípidos do azeite são bem digeridos pelo organismo e, quando presentes no intestino, têm um leve efeito laxante e estimulam a actividade da vesícula biliar na produção de bílis, ajudando a proteger contra os cálculos biliares.

O azeite suporta temperaturas muito elevadas (até 210º-220ºC) sem degradação substancial dos seus componentes. Permite, assim, ser utilizado em todas as formas de confecção culinária sem ocorrer a formação de substância nocivas à saúde.


Desvantagens

Apesar dos benefícios para a saúde, não se esqueça que o azeite é uma gordura e, por isso, tem um elevado valor energético. Um consumo excessivo de azeite pode também ter desvantagens, nomeadamente o aumento de peso.


Os diversos tipos de azeite

De acordo com o método de produção, existem vários tipos de azeites, sendo os azeites virgens os mais comuns. Nesta categoria, estão ao dispor do consumidor os seguintes azeites:

  • Azeite virgem extra com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 1 g por 100 g.
  • Azeite virgem com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 2 g por 100 g.
  • Azeite virgem corrente com uma acidez livre, expressa em ácido oleico, não superior a 3,3 g por 100 g.

Dentro da vasta gama de azeites disponíveis no mercado, deve eleger o azeite de acordo com a utilização culinária a que se destina. Os azeites virgem e virgem extra são especialmente recomendados para consumir em cru, para temperar e para utilizar em doçaria e sobremesas, por terem um sabor mais suave. Já o azeite virgem corrente, é uma óptima opção para fritar alimentos.
O azeite é a melhor opção para fritar alimentos porque, além de suportar melhor as altas temperaturas, forma uma crosta na superfície do alimento, que impede a penetração do azeite no seu interior. Obterá alimentos mais saudáveis e com teores de lípidos mais baixos. Ainda assim, deverá moderar no consumo de alimentos fritos.

Apesar de não sofrer processos químicos, o azeite tem uma durabilidade bastante elevada. Quando bem acondicionado, pode conservar-se por 18 meses após a data de fabrico sem grandes alterações. Deverá ser guardado em recipientes de vidro, de preferência de coloração escura, e manter-se em local escuro e fresco.


Artigo publicado no aite da Nestlé com origem na fonte: Porto A, Oliveira L. Tabela da Composição de Alimentos. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. 2006, pág. 102-103

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