quarta-feira, 28 de maio de 2008

Carne vermelha aumenta risco de cancro

Um estudo norte-americano afirma que o consumo de grandes quantidades de carne vermelha ou carne processada pode aumentar o risco de contrair cancro. Segundo os cientistas do Instituto Nacional do Cancro norte-americano, um em cada dez casos de cancro do pulmão e intestino poderia ter sido evitado caso as pessoas tivessem diminuído o consumo de carnes, presunto, salsichas e bacon.

Os investigadores analisaram a dieta e o historial de 494 mil pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 71 anos. Aqueles que consumiam maiores quantidades de carne tiveram, ao longo de um período de 8 anos, uma probabilidade superior (25%) de serem diagnosticados com cancro do intestino, e 20% mais relativamente ao cancro do pulmão.

Os cientistas estabeleceram ainda uma ligação entre o consumo de carne vermelha e outras formas de cancro, nomeadamente o cancro do fígado e do esófago.O Fundo Mundial para Pesquisa do Cancro já havia alertado no passado mês de Outubro para o facto da carne vermelha ser um dos principais factores que contribui para o aparecimento da doença, aconselhando as pessoas a limitar a ingestão de carne processada para o máximo de três bifes de 170 gramas por semana.

A carne vermelha possui substâncias que podem danificar o ADN, contribuindo assim para o início do processo cancerígeno. Este tipo de alimento é ainda rico em gordura saturada, igualmente relacionada com o cancro.

Outro estudo curisoso indica que os países com maior índice de cancro, Inglaterra, Escócia e Áustria, são também os que maior consumo de carnes vermelhas possuem. Segundo Humberto Barbosa, nutricionista, "A carne entra em putrefacção num intestino que só funcione de 2 em 2 dias. Entretanto as toxinas libertam-se, entram na corrente sanguínea e vão alojar-se nos diferentes órgãos do nosso corpo."


Adpatação de artigo publicado por Pedro Santos no site Farmácia.com.pt e da entrevista a Humberto Barbosa publicada na revista Visão n.º 794 de 22-05-2008

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