quarta-feira, 6 de maio de 2009

Falta de vitamina D agrava os sintomas da asma


Sensibilidade à poeira aumenta em crianças com deficiência do nutriente. A saúde do sistema imunológico está ligada à exposição ao Sol.Um estudo realizado na Costa Rica, que acompanhou mais de 600 crianças que vivem numa região com altos índices de problemas respiratórios, defende que pode existir uma ligação entre a deficiência de vitamina D e a severidade da asma e dos sintomas respiratórios em crianças.

A vitamina D já se mostrou, em laboratório, um produto capaz de influir no comportamento das vias aéreas quando tratadas por medicamentos inalatórios.


As crianças estudadas tiveram amostras de sangue retiradas para dosagem de marcadores de resposta inflamatória e níveis de vitamina D, além de testes de função respiratória. Aquelas que tinham menores valores de vitamina D no sangue apresentavam maior reactividade dos brônquios e os marcadores de alergia estavam elevados, inclusive a sensibilidade à poeira.

Essas crianças tinham necessitado mais de internações hospitalares no último ano e usado maior quantidade de corticóides inalados para controlar as suas crises, que foram mais frequentes do que as outras. Essa evidência confirma uma ligação entre os níveis de vitamina D e a reação inflamatória da asma.

O problema consiste em como prevenir a falta dessa vitamina no organismo humano. A vitamina D, ao contrário de outras vitaminas, não é ingerida, mas sim produzida no corpo. Para que esse fenómeno aconteça, vários factores devem ser levados em conta. A ingestão de vitaminas através de alimentos reforçados e de fontes naturais traz uma pequena parte da quantidade necessária. A exposição à luz solar entra como factor importante nesse processo.

Como as crianças estão a expor-se menos à luz solar, seja por causa de actividades dentro de casa ou mesmo pela proteção contra os raios do Sol, a reversão de baixos níveis de vitamina D torna-se difícil.

O ideal é que as crianças recebam uma dieta equilibrada desde cedo para que suas necessidades nutricionais sejam atendidas, prevenindo déficices futuros.


Artigo publicado em Sapo Saúde em 27 de Abril de 2009.

Sem comentários: