sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cinco passos para atrasar a sua idade - Parte 1

Dizem os especialistas que, mais ou menos a partir dos 25 anos, o nosso corpo começa a envelhecer. Intrinsecamente, isto é, devido ao desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos anos e pela genética, e extrinsecamente, devido a acções exteriores, como do meio envolvente.

Mas, se não podemos lutar contra os nossos genes, podemos, pelo menos, fazer escolhas que, decididamente, têm uma palavra a dizer no modo como envelhecemos. Não, não nos referimos a tratamentos estéticos que prometem o anti-envelhecimento. Embora alguns tenham, comprovadamente, resultados positivos, o nosso objectivo com este texto é mostrar-lhe que o segredo da juventude – por dentro e por fora – passa, sobretudo, por uma sucessão de opções respeitantes à qualidade da alimentação e do sono, à prática de actividade física, e a vários outros hábitos de vida.


Por isso, memorize os nossos cinco conselhos!


1. Atenção ao que come

A alimentação tem um papel preponderante no modo como envelhecemos. Não só a nível cutâneo, como também biológico. Humberto Barbosa, especialista em Nutrição e fundador da Clínica do Tempo, afirma que «todos os erros alimentares que fazemos ao longo da vida são pagos ao nível da saúde e do envelhecimento precoce». E prossegue: «todos os alimentos com gorduras saturadas contribuem para envelhecermos, bem como o excesso de açúcar, de sal e de carnes vermelhas [de vaca e porco]. Os alimentos processados e industriais também têm uma influência negativa na nossa saúde».

Pelo contrário, existem alimentos que, por conterem propriedades antioxidantes, ajudam a combater o envelhecimento. «Os antioxidantes são um conjunto de substâncias formadas por vitaminas (A, C e E), minerais (designadamente selénio, zinco e cobre), pigmentos naturais (como o azul do mirtilo ou o vermelho do morango) e enzimas, que combatem e bloqueiam o excesso de radicais livres». Alguns dos alimentos mais ricos em antioxidantes são as ameixas secas, passas, mirtilos e outros frutos silvestres, morangos, couve galega, espinafres crus e os brócolos.

O nutricionista lembra que «todos os alimentos vegetais – desde os legumes aos frutos secos, passando pelos grãos e pelas bagas como a framboesa, amora e mirtilo –, são ricos em vitaminas, fundamentais para promover a saúde e contrariar o envelhecimento». Por isso, use e abuse deles; faça com que constituam a base da sua alimentação. E não se esqueça que a melhor maneira de os consumir é crus ou levemente cozidos a vapor, para que percam a menor quantidade possível de nutrientes.

No entanto, não são só os legumes, as frutas e os cereais integrais que são importantes veículos de nutrientes antioxidantes: fique a saber que «um verdadeiro herói dos antioxidantes é o modesto chá verde, rico em bioflavonóides, polifenóis e vitaminas E, A e C», afirma Humberto Barbosa.

O dermatologista Fernando Guerra e o farmacêutico António Hipólito de Aguiar, autores do livro Não envelheça, cuide da sua pele (Editorial Presença, 2008), também dão alguns conselhos alimentares para permanecer jovem. Constatam que «as pessoas que fazem uma alimentação à base de ovos, iogurtes, leguminosas, legumes, frutos (frescos e secos), têm uma pele mais jovem» e, «inversamente, aqueles que consomem sobretudo carnes e alimentos à base de hidratos de carbono (açucarados ou, pelo menos, ricos em glicose – o açúcar natural do organismo) têm a pele mais vulnerável aos danos do sol».

Os dois especialistas apelam a que se coma «somente o necessário», praticando «uma alimentação rica em nutrientes mas baixa em calorias». E explicam porquê: »a prática de comer moderadamente tem a vantagem de permitir gerar menos resíduos tóxicos, resultantes da degradação dos alimentos e que vão dar origem a radicais livres».

Além disso, o consumo de muitas calorias significa, quase sempre, maior propensão para sofrer de excesso de peso, o que traz várias consequências negativas ao próprio funcionamento do organismo. Referimo-nos concretamente ao desenvolvimento de doenças do foro cardiovascular, como sejam aumento da pressão arterial, dos níveis de colesterol, degradação do sistema músculo-esquelético, que, inevitavelmente, vão diminuir a esperança de vida e, consequentemente, a qualidade de vida.


2. Pratique exercício

A prática de actividade física é tão importante para a manutenção de uma boa aparência e saúde como uma alimentação equilibrada. «Más escolhas alimentares e sedentarismo podem roubar-nos anos de vida e fazer com que nos tornemos física e mentalmente velhos mais depressa», afirma o especialista Humberto Barbosa. Fernando Guerra e António Hipólito de Aguiar corroboram a importância do exercício, mesmo para uma boa aparência da pele: «a utilização do oxigénio por meio dos exercícios aeróbicos favorece a nutrição da pele. A produção da hormona de crescimento e outras substâncias anti-envelhecimento retarda o ritmo a que a pele sofre as modificações do tempo. Existem também indícios evidentes de que o exercício físico, ao proporcionar um aumento da sudação, contribui para a ‘limpeza natural’ da pele».

Assim, os especialistas recomendam a prática de uma actividade regular, «como, por exemplo, um passeio de bicicleta, um jogging ou um simples passeio a pé, 30 minutos, cinco vezes por semana», bem como «dez minutos diários de exercícios de flexibilidade».


Artigo publicado em Sapo Saúde. Texto de Ana João Fernandes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente Blog!