Segundo este especialista, as pessoas que não dormem horas suficientes são duas vezes mais propensas a morrer de doença cardíaca.
A sua investigação de 17 anos, baseada em 10.000 funcionários públicos, mostrou que aqueles que reduzem o sono nocturno a menos de sete a cinco horas têm mais do dobro de risco de morrer por causa de um problema de origem cardiovascular.
A falta de sono parece estar relacionada com um aumento da pressão sanguínea, que, por sua vez, está relacionado com o risco de ter um ataque cardíaco ou um AVC (há, contudo, pessoas cujo organismo requer, naturalmente, menos horas de sono, sem com isso correrem maior risco).
Duas gorduras sob controlo
Estes processos prejudicam a saúde, na medida em que impedem a distribuição adequada do sangue pelo organismo (podendo mesmo bloquear uma artéria) e aceleram o envelhecimento.
Mas se a sua hipercolesterolemia for familiar ou se se dever à sua alimentação, deve seguir uma dieta equilibrada, sem se exceder com as gorduras saturadas. Para melhorar a sua saúde arterial, a Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose aconselham a manter os valores de colesterol abaixo dos 190 mg/dl.
Se os triglicéridos também estiverem elevados, existem combinações de estatinas com outros fármacos, que conseguem baixar os níveis de ambas as gorduras. Para as baixar, convém reduzir ou eliminar os alimentos gordos da alimentação.
Abandone o tabaco
Deixar de fumar é mais benéfico do que qualquer outra medida preventiva: três anos depois de o fazer, o risco de enfarte do miocárdio ou de acidente vascular cerebral (AVC) é o mesmo de uma pessoa que nunca fumou na vida. Esta constatação não significa, contudo, que, uma vez livre do fumo, possa descuidar a actividade física, o controlo de peso e a alimentação saudável.
A partir dos 40, maior controlo
E há que ter em conta certos parâmetros que não precisam de ser vigiados tão de perto em idades mais precoces, como o colesterol ou a tensão arterial. Para além disso, as pessoas com antecedentes familiares de doenças cardíacas ou de certas doenças que a favoreçam, como a diabetes, devem ter uma vigilância mais apertada.
Artigo publicado em Sapo Saúde. Texto: Fernanda Soares. Revisão científica: Dr. Luís Negrão (assessor médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia). Responsabilidade editorial e científica da revista Prevenir.
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