O marmelo (cydonia oblonga) advém do Sudoeste Asiático de clima moderado e é conhecido há cerca de 4 mil anos. Os gregos consagravam estas “maçãs de ouro” à deusa Afrodite e na Croácia são símbolos de fertilidade e vida.
Em Portugal é colhido no Outono, geralmente transformado em marmelada, visto que a maioria das variedades é amarga e dura demais para consumo cru. Também se consome assado, grelhado, estufado, como complemento a recheio de tarte de maçã e em pudim.
Medicinalmente, por serem bastante ricos em pectina, tanino e substâncias gelatinosas, os marmelos costumavam ser ministrados na Idade Média a quem sofria de diarreia e a geleia vegetal resultante da semente do fruto demolhada é um bom xarope (ainda usado no Médio Oriente) para inflamações da faringe, bronquites, tosse e dores de garganta.
Para catarros da faringe e brônquios, o dr. Schneider (1) também recomenda cozer 5 g de sementes de marmelo trituradas com 5 ml de água, misturado com xarope de malvaísco e tomado às colheres. Outras propriedades do marmelo são a adstringência, anti-oxidação, a riqueza em vitamina A, cálcio, ferro e fibra, decorrendo pesquisas quanto às suas propriedades anti-virais e no combate à úlcera gástrica.
No acto de compra devem escolher-se os frutos firmes, perfumados e amarelos e ser manuseados com cuidado para evitar que fiquem com manchas castanhas de pressão.
Curiosidade: o sabor amargo de um marmelo maduro torna-se doce quando em contacto com água do mar.
Artigo publicado no site do Centro Vegetariano.
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