domingo, 28 de junho de 2009

A maldade do chocolate negro...


Afinal, onde estão os flavonóides?

Quando se fala de chocolate, espontaneamente salta um “hummm” da maioria das pessoas. Engorda, sim, devido ao açúcar e gordura que contém, mas também dá prazer em comer e alegra, dizem os entendidos. Isto porque contém elementos químicos que estimulam o cérebro e a circulação sanguínea. Comido com conta, peso e medida, também traz benefícios ao nível cardiovascular. As suas propriedades boas e más são reconhecidas.

O problema do chocolate está na gordura e açúcar adicionados. Algo que é relegado para segundo plano pelos apeciadores de chocolate negro, tradicionalmente amargo, pois, supostamente, este não será tão calórico. Mas não é bem assim. Um novo estudo, publicado na prestigiada revista científica “The Lancet” vem alertar para o facto de, apesar da sua cor, a maioria dos chocolates negros não terão os flavonóides que a fama lhes atribui.

Recorde-se que os favonóides são compostos químicos existentes em muitos alimentos (frutos, vinhos, chás, nozes...) e que actuam como antioxidantes naturais.

Diz o artigo que muitos fabricantes de chocolate removem os flavonóides por terem um gosto amargo, o que indicia que este alimento, sobretudo o chocolate negro, poderá ser enganador. «Quando os fabricantes de chocolate fazem doces, os sólidos naturais do cacau podem ser escurecidos e os flavonóides, que são amargos, removidos. Desta forma, mesmo o chocolate de aparência escura poderá não conter flavonóides», alerta o artigo.

Além disso, os consumidores também poderão ser enganados quanto à quantidade de flavonóides que poderá estar no chocolate, uma vez que os fabricantes poucas vezes fazem essa referência nas embalagens. Assim, para obter resultados benéficos para a saúde, refere o artigo que, quem ingerir ingerir chocolate amargo deverá, mesmo assim, reduzir a ingestão de outros alimentos calóricos.


Artigo publicado em Sapo Mulher. Fonte: BBC

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pão: acabe com os mitos


Será que o pão engorda? Ou que tem colesterol?

Dizem que o pão integral tem menos calorias do que o pão branco, é verdade? Existem ideias pré-concebidas sobre o consumo de pão. Fique sem dúvidas e tire o melhor proveito!

1 - Devemos ingerir este alimento todos os dias?
  • Os cereais, onde se inclui o pão, estão na base da pirâmide alimentar. Este alimento é uma fonte generosa de vitaminas, sais minerais, fibras e hidratos de carbono complexos (amido). No fundo, o facto destes serem libertados lentamente no sangue, na forma de açúcares simples, cria uma sensação de saciedade prolongada, evitando que ande sempre a petiscar.

2- Mas o pão não engorda?
  • Por si só não engorda. O que engorda é o consumo excessivo de hidratos de carbono, proteínas e gorduras. É essencial existir um equilíbrio entre aquilo que ingere e o que gasta, em termos energéticos. Por isso, não abuse e tente ao máximo variar no tipo de pão que consome.

3 - O pão branco tem menos calorias?
  • Apesar de ser de mais fácil digestão, a verdade é que tem, geralmente, mais calorias que os pães feitos com farinhas integrais. Isto acontece porque o pão branco tem menos fibras na sua composição. Por exemplo, uma carcaça de trigo tem cerca de 98Kcal, enquanto uma fatia de pão de trigo integral com peso equivalente tem cerca de 74Kcal. Apesar de, em termos calóricos, nem sempre ser uma diferença significativa, o pão branco perde uma parte importante da sua riqueza nutricional.

4 – Como sei qual é o nutricionalmente mais rico?
  • O pão mais escuro é normalmente o melhor, dado que a farinha é menos processada (refinada) retendo por isso mais nutrientes (proteína vegetal, vitaminas, sais minerais), benéficos para a saúde. Se optar por fazer o pão em casa, pode ainda enriquecê-lo com cereais, frutos secos ou sementes.

5 – Devo só ingerir pão integral se estou em dieta?
  • Não existem alimentos que façam emagrecer. Em termos de calorias, a verdade é que o pão integral tem a mesma quantidade de calorias que o pão branco. Porém, este tipo de pão tem a vantagem de ser rico em fibras, o que garante a saciedade por mais tempo e melhora o funcionamento do intestino.


6 - O pão feito nas máquinas do pão é menos nutritivo do que o industrial?
  • Pelo contrário. Uma das vantagens da máquina de fazer pão é que pode escolher a farinha que quiser, utilizar menos fermento ou mesmo adicionar os ingredientes que desejar, tornando o seu pão mais nutritivo.

7 - O pão industrial tem muito sal?
  • Sim. Em média, uma fatia de pão, integral ou não, tem cerca de 125mg de teor de sódio. O ideal é reduzir essa quantidade para 5 gramas de sódio por dia (12grmas de sal). A opção pode passar por fazer o seu próprio pão e, desta forma, controlar a quantidade que ingere.

8 - O pão tem colesterol?
  • A quantidade de colesterol presente no pão é mínima (inferior a 5mg/100g). Porém este valor aumenta em função do que lhe adicionar, bem como das quantidades. Prefira as gorduras vegetais, produtos magros (queijo, fiambre), ou doces sem açúcar adicionado e seja regrado.

9 – O pão tem muita gordura?
  • Não deve fazer as suas opções apenas em função das calorias. A rotulagem que acompanha o alimento permite avaliar a quantidade de gordura por cada 100 gramas e de outros nutrientes também importantes. Nada como comparar os produtos.

10 – As crianças devem comer pão sem sal?
  • Não é necessário. Contudo, o ideal é que os mais pequenos não se habituem a comer alimentos com sabores muito intensos. As crianças devem também experimentar diferentes tipos de pão (integral, com cereais…) para treinar o paladar.

Artigo publicado em Sapo Mulher por Rodrigo Abreu - Nutricionista.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma boa sardinhada no S. João....


A Sardinha é um dos peixes mais apreciados pela população portuguesa. Por isso, são raras as pessoas que não se rendem aos encantos deste peixe tão benéfico para a prevenção das doenças do coração.

A sardinha é um peixe de água salgada e fria com características reconhecidas por todos. Desde sempre que a sardinha fez a delícia da população, e foi durante muito tempo a fonte de alimento das populações que viviam em zonas ribeirinhas. Por esse motivo, e devido ao seu baixo preço, a sardinha era considerada um alimento característico das classes mais desfavorecidas. Todavia, e desde esse tempo até aos dias de hoje, a sardinha tem ajudado a prevenir alguns tipos de doenças do coração devido aos seus constituintes, nomeadamente proteínas e ácidos gordos ómega 3.

Ainda que quase todo os peixes apresentem um papel importante para uma alimentação saudável do ser humano, os benefícios da sardinha são bem superiores aos do salmão, atum, ou mesmo do bacalhau. A verdade é que a sardinha contém um tipo de gordura polinsaturada, ácidos gordos ómega 3, que possibilita efeitos muito produtivos e benéficos ao coração do ser humano. Ajudando a reduzir as taxas de triglicérides e de colesterol no sangue, a sardinha possibilita ainda a redução da pressão arterial e altera a estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando assim o sangue mais fluido.

Desta feita, os médicos recomendam que o consumo de peixe seja, no mínimo, realizado duas vezes por semana. Além do mais, os doentes de psoríase, doença da pele, e de artrite reumatóide saem também privilegiados do consumo de sardinha, sendo que o seu consumo é muito mais benéfico se falarmos nas sardinhas frescas do que propriamente nas enlatadas. Mas, ao comprar sardinhas deve ter em atenção o seu aspecto brilhante, a pele luminosa, por forma a não apresentar manchas estranhas, a sua tonalidade uniforme, os olhos brilhantes e um ‘corpo’ rijo, sem estar esmagado ou mole.


Artigo publicado em Mulherportuguesa.com

domingo, 21 de junho de 2009

Plano anticancro

De uma forma muito simples, proteja-se do cancro à mesa.

David Servan-Schreiber, um médico e investigador que conseguiu travar com sucesso uma batalha contra o cancro, não tem dúvidas.

O nosso organismo está concebido para detectar e lutar contra o processo de desenvolvimento de tumores. O que, se calhar, não sabe é que uma boa alimentação pode ser o melhor factor de prevenção. Veja o que deve comer para se proteger da doença:

Cenouras, inhame, batata-doce, variedades de abóbora, tomate, diospiros, beterraba e todos os frutos e vegetais de cores vivas, laranja, vermelho, amarelo, verde:
  • Conselho: O tomate deve ser cozinhado para libertar licopeno (que tem a capacidade de inibir o crescimento de células de vários tipos de cancro) e o azeite melhora a sua assimilação. Pode optar por molho de tomate enlatado com azeite e sem adição de açúcar.

Chá verde:
  • Conselho: Beba seis chávenas por dia.

Açafrão-da-Índia:
  • Conselho: Misture ¼ de colher de chá de pó de açafrão-da-Ìndia com ½ colher de chá de azeite e uma pitada de pimenta preta. Adicione a vegetais, sopas e molhos para salada.

Gengibre:
  • Conselho: Beba uma infusão de gengibre ou adicione-o, ralado, enquanto cozinha, a vegetais.

Couve-de-bruxelas, couve chinesa, couve-flor, brócolos, etc...
  • Conselho: Coza-os a vapor ou salteie-os em azeite numa frigideira.

Alho, cebola, alho francês, chalota e cebolinho:
  • Conselho: Misture-os com vegetais cozidos a vapor ou salteados e temperados com açafrão-da-Índia.

Soja:
  • Conselho: Ao pequeno-almoço, substitua os lacticínios habituais por leite ou iogurtes de soja. Também pode utilizar tofu, tempeh e miso. O tofu absorve o sabor dos outros ingredientes e dos molhos. Os suplementos de isoflavonas de soja, sob a forma de comprimidos, têm sido associados a um agravamento de certos tipos de cancro da mama, o que não acontece com a soja quando consumida como alimento.

Cogumelos:
  • Conselho: Pode utilizar cogumelos shiitake, maitake, enoki, crimini, portobello, cogumelo ostra, cogumelos do cardo e trametes versicolor, em sopas, caldos de vegetais ou de galinha, grelhados no forno ou salteados com outros vegetais.

Algas:
  • Conselho: Entre as principais algas comestíveis encontramos a nori, kombu, wakame, arame e dulse. Podem ser utilizadas em sopas ou saladas ou adicionadas a leguminosas, como feijão e lentilhas.

Ervas:
  • Conselho: Prefira a salsa, o aipo, o alecrim, o tomilho, os orégãos, o manjericão e a hortelã.

Morangos, framboesas, mirtilos, amoras negras e arandos:
  • Conselho: Ao pequeno-almoço, misture frutos de baga com leite de soja e cereais variados. Pode utilizar frutos de baga congelados, visto que o processo de congelação não destrói as moléculas anticancerígenas.

Laranjas, limões e toranjas:
  • Conselho: As raspas da casca dos citrinos podem servir para aromatizar o chá ou fazer tisanas.

Sumo de romã:
  • Conselho: Beba um copo de sumo de romã, por dia, ao pequeno-almoço.

Vinho tinto:
  • Conselho: Não se recomenda que se exceda um copo de vinho tinto por dia.

Chocolate preto:
  • Conselho: Em vez de uma sobremesa, opte por quadradinhos de chocolate preto (mais de 70 por cento de cacau).

Outras opções:
  • Alimentos ricos em ómega 3, selénio e vitamina D; probióticos (iogurtes biológicos, de soja e kefir).

Artigo publicado em Sapo Mulher. Texto de Teresa d'Ornellas.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quatro boas razões para comer rúcula

  1. É uma boa fonte de fibras.
  2. É uma planta diurética.
  3. Contém uma grande quantidade de vitamina C, um antioxidante que ajuda o corpo a defender-se das toxinas e reforça a resistência às viroses e a outras infecções.
  4. Tem propriedades anticancerígenas por ser rica em sulfurano e betacaroteno, nutriente que o corpo utiliza para produzir

Artigo publicado em Sapo Mulher.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Estudo revela estado de hidratação dos portugueses

Com as temperaturas a subirem o consumo da líquidos tem de ser maior, para o bem da sua saúde.

O Instituto Hidratação e Saúde apresentou o primeiro estudo nacional sobre a Hidratação dos Portugueses, revelador de que existem segmentos da população portuguesa com aportes hídricos inferiores ao recomendado.

Ora, por aporte hídrico entende-se a quantidade de água ingerida através de todas as bebidas consumidas. O estudo evidencia que do aporte hídrico total, 43% foi proveniente do consumo de água, sendo o restante distribuído por leite e iogurtes (22%), café e chá (11%), bebidas alcoólicas (10%), refrigerantes (7%) e sumos naturais e embalados de fruta (7%).

Os resultados deste estudo mostram que o aporte hídrico da população é semelhante em ambos os sexos da população portuguesa e diminui com o avançar da idade, sendo que na população masculina, no grupo etário dos 31 aos 70 anos de idade, a ingestão de líquidos é inferior tanto às recomendações americanas como às europeias.

O estudo indica ainda que o aporte hídrico aumenta com o nível de rendimento e no Norte a população tem um aporte hídrico superior às restantes, sendo a região do Alentejo aquela que menores resultados apresenta.

Segundo Patrícia Padrão, porta-voz do Comité Científico do IHS, “os resultados deste estudo enfatizam a necessidade de programas educativos das populações, que promovam o reconhecimento da importância do estado de hidratação para uma vida saudável e que considerem nas suas recomendações não apenas o consumo de água mas também de outras bebidas”.

Artigo publicado em Sapo Mulher em 29-05-2009.

domingo, 14 de junho de 2009

Cerejas

Esteticamente, a cereja é digna de qualquer quadro. Mas, ao contrário de uma natureza morta, este é um fruto com muita personalidade.

A sua cor chama a atenção, o sabor cativa-nos e, quando damos por nós, já ultrapassámos a dúzia. O melhor disto tudo é que não vamos castrar esta tentação, antes pelo contrário.

As cerejas são um verdadeiro maná de vantagens, que o nosso corpo tratará de reflectir. Por dentro e por fora. A ciência provou-as e a parceria já é do domínio público. Por isso, não só merecem ser pintadas como deverão ocupar um lugar cativo no nosso frigorífico. Aos pares ou às dezenas, renda-se às cerejas.

As pioneiras São as primeiras a surgir no Verão e das últimas a desaparecerem de cena. Estamos a falar das cerejas, cuja família, bem numerosa, se reparte em mais de mil variedades espalhadas por cada canto do mundo.

No entanto, quando olhamos para esta gigantesca árvore genealógica, a atenção recai sobre as cerejas mais escuras, quase negras, por serem detentoras de elevadas quantidades de ferro, magnésio e potássio. Entre as virtudes deste fruto destacam-se a capacidade analgésica, assim como os seus poderes anti-inflamatórios.
Contra o cancro

O ácido elágico, um fitoquímico com propriedades antioxidantes que está presente na cereja, inibe o desenvolvimento e reprodução de células cancerígenas.

Adelgaçantes esféricos

Devido ao seu poder saciante, aliado a muito poucas calorias per capita, as cerejas desempenham um papel protagonista quando o objectivo é perder peso. Cerca de oitenta e cinco por cento do corpo da cereja é composto por água e as suas propriedades depurativas ajudam a eliminar toxinas.

As fibras e o potássio favorecem uma boa circulação intestinal, assegurando a drenagem do sistema digestivo. E não só os adeptos de dietas que beneficiam ao comerem cerejas: os hipertensos e pessoas com problemas cardíacos e renais só têm a ganhar se os imitarem...

Envelope saudável

Por ser detentora de betacaroteno, a cereja ajuda a manter os tecidos cutâneos protegidos, defendendo-os das agressões externas. Aliás, os próprios «pés» deste fruto são utilizados como «ingredientes» em fórmulas cosméticas anti-envelhecimento.


Fruto da juventude


Os bioflavonóides impedem a degeneração celular e o elevado índice de minerais existente na cereja funciona como uma arma contra as marcas da idade, combatendo a desmineralização óssea e as queixas associadas à menopausa.

Artigo publicado em Sapo Mulher. Texto de Teresa d'Ornellas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Caril pode prevenir Alzheimer


Comer caril uma ou duas vezes por semana pode ajudar na prevenção de Alzheimer ou demência, revela um investigador americano.

Se não é fã de comida asiática, a pesquisa agora revelada no Reino Unido pode fazê-lo mudar de ideias: segundo o professor Murali Doraiswamy, da Universidade de Duke na Carolina do Norte, EUA, a curcumina - componente de uma raiz usada para fazer caril -consegue evitar que se espalhem as placas amilóides, depósitos de proteínas que degradam as ligações entre as células cerebrais.

Este efeito poderia prevenir doenças como Alzheimer ou demência, um benefício para os amantes de caril que incluam na sua alimentação esta mistura de especiarias entre duas a três vezes por semana. Segundo o site da BBC, os investigadores obtiveram resultados positivos nos testes que efectuaram com ratos, estando agora a estudar uma forma de aplicar a mesma terapêutica em pacientes de Alzheimer, que poderão tirar proveito da curcumina.

Ainda assim, Doraiswamy sublinha que só uma dieta equilibrada, aliada ao exercício físico e à ingestão de caril conseguirá os efeitos de prevenção desejados. Está também a ser estudada a hipótese de desenvolver um comprimido com esta substância, a curcumina, para que não seja necessária a ingestão de caril em grandes quantidades.

Notícia publicada no DN em 03-06-2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

2 em 1: O exercício físico faz reduzir o desejo por doces


Investigadores da Universidade de Exeter constataram que uma apenas caminhada de apenas quinze minutos pode reduzir as ânsias por chocolate. Os benefícios do exercício em ajudar as pessoas a gerir dependências de nicotina e outras drogas foram já amplamente reconhecidos. Agora, pela primeira vez, uma pesquisa demonstra que o mesmo pode acontecer para vícios alimentares.

Após três dias inteiros de abstinência, 25 consumidores regulares de chocolate foram convidados a realizar um, alternadamente, um passeio de quinze minutos ou um descanso. Posteriormente, foram envolvidos em tarefas que desencadeiam a ansiedade por chocolate, incluindo um desafio mental e abrir uma barra de chocolate.

Os que realizaram o exercício relataram um maior controlo do que os outros ao realizar as tarefas. O apetite por chocolate não diminui apenas durante a caminhada, mas até pelo menos dez minutos depois. O exercício também limitou a resposta às duas tarefas realizadas.

O Professor Adrian Taylor comenta que “O nosso trabalho demonstra consistentemente que mesmo pequenas actividades físicas ajudam a reduzir a vontade de fumar, mas este é o primeiro estudo que estabelece uma ligação entre exercício físico e a vontade de comer chocolate. Os neurocientistas têm sugerido processos comuns nos centros de recompensa do cérebro entre as drogas e o vício por comer, e poderá ser que o exercício afecta os químicos cerebrais que ajudam a regular o humor e a ansiedade. Esta poderia ser uma excelente notícia para as pessoas que lutam por gerir a ânsia por doces, querem perder peso e obter um melhor equilíbrio nutricional nas suas refeições.”

Pesquisas anteriores sugerem que 97% das mulheres e 68% dos homens têm dificuldades em gerir a sua vontade de comer. Este tipo de alimentos, por sua vez, tendem a ser altamente calóricos, como alimentos gordos ou açucarados, sendo o chocolate o mais comumente referenciado. O chocolate possui uma grande variedade de constituintes biológicos activos que transformam o nosso humor temporariamente, o que resulta que comer chocolate poderá se tornar um hábito, especialmente quando estamos sob stress e o chocolate está facilmente disponível, e talvez, quando praticamos menos exercício.

O Professor Taylor conclui: “Desfrutar de uma barra ocasional de chocolate não tem qualquer problema, contudo, o consumo regular poderá conduzir a maiores desejos sob momentos de stress. Reconhecer o que nos leva a consumir alimentos altamente calóricos nestas situações, poderá ser um exercício útil.”

“Curtos surtos de actividade física podem ajudar a regular o modo como nos sentimos com energia e equilibrados, e um estilo de vida mais sedentário poderá naturalmente desencadear comportamentos desviados, como comer grandes quantidades de chocolate. Acumular 30 minutos de actividade física por dia, com passeios de 15 minutos cada, por exemplo, não só desencadeia benefícios físicos e mentais, mas também ajuda a regular o nosso consumo energético. Esta pesquisa reforça o nosso entendimento da complexidade física, psicologia e emocional que estabelecemos com os alimentos.”


Artigo publicado no site Alimentação Saudável. Pesquisa na revista “Appetite”. Fonte: ScienceDaily.

domingo, 7 de junho de 2009

O exercício aeróbio reduz a sua idade


Sabia que se praticar exercícios de tipo aeróbio regularmente pode recuperar até 12 anos da sua idade biológica?

Quais? Basta caminhar, andar de bicicleta, dançar, etc.

Estes exercícios contam com a participação de grandes grupos musculares, produzem consumo de oxigénio e geram energia. Uma investigação da Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que um período longo de exercício aeróbio de intensidade relativamente alta pode aumentar o desempenho físico até 25%, o que se traduz num efeito rejuvenescedor, reduzindo o risco de doenças e acelerando a recuperação após uma lesão.


Artigo publicado em Sapo Saúde. Responsabilidade editorial e científica da revista Prevenir.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A dieta que ajuda a proteger os ossos


Os alimentos que contribuem para o aumento da massa óssea.

A acidose metabólica é um problema do equilíbrio ácido-básico do corpo (pH) que se agrava com a idade e que produz perda de massa óssea.

Para a evitar, deve-se reforçar o consumo ou introduzir na alimentação habitual os seguintes alimentos:

Alimentos alcalinos:
  • Ananás, banana, uvas, melão, melancia, ameixas, espinafres, cenouras, agriões, couve-flor, brócolos e pepino.

Alimentos ácidos:
  • Carne de vaca, borrego, porco, frango, peru, coelho, pescada, salmão, atum, sardinhas, quivi e vinagre.

Artigo publicado em Sapo Saúde. Responsabilidade editorial e científica da revista Prevenir.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gengibre pode ajudar doentes de cancro a enfrentar náuseas da quimioterapia


Ânsia e vómitos podem atingir até 70% das pessoas nessa condição. Uma colher de chá reduziu os efeitos negativos do tratamento de tumor.

Investigadores descobriram que uma colher de chá de gengibre pode diminuir a náusea associada ao tratamento de quimioterapia. A náusea e os vómitos estão entre os mais comuns e altamente desagradáveis efeitos indesejados no tratamento dos tumores malignos. Cerca de 70% dos pacientes podem vir a sentir esses problemas.

Os resultados da pesquisa foram apresentados pela Sociedade de Oncologia Clínica. Foram estudados mais de 600 pacientes que estavam em tratamento com quimioterápicos e que tinham apresentado náuseas e vómitos nos primeiros ciclos.

Divididos em grupos, os participantes receberam no ciclo seguinte de tratamento um suplemento de pílulas de gengibre ou placebo, além dos medicamentos habituais para a náusea. As doses de gengibre equivaliam a 1, 1,5 e 0,5 grama de gengibre ralado. Os pacientes começavam a tomar as doses de gengibre três dias antes de começarem a quimioterapia e mantiveram-nas até ao fim do ciclo.

Todos as dosagens de gengibre foram eficientes na redução da náusea associada ao tratamento. Aqueles que receberam a dose menor, 0,5 gramas por comprimido, apresentavam os melhores resultados. A redução, que foi de 40% nos melhores casos, aponta para uma associação interessante entre medicina complementar e tradicional.


Artigo publicado em Sapo Saúde em 25-05-2009