quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tabaco mata seis pessoas por segundo

Comemorou-se ontem o "Dia Mundial do Não Fumador". Em todo o mundo, o tabaco mata seis pessoas por segundo. O dado é da Organização Mundial de Saúde, que associa o cigarro a 90% dos casos de cancro de pulmão, cuja letalidade é altíssima: mata 85% dos pacientes e apenas 15% dos casos podem ser diagnosticados precocemente.

Os dados da OMS mostram que 25% a 46% das mulheres que morrem de cancro de pulmão e 13 a 37% dos homens que morrem da mesma doença são apenas fumadores passivos.

Além do cancro de pulmão, outras doenças são causadas pelo cigarro, como cancro do colo do útero, cancro de laringe, de boca, de pâncreas, bexiga, esófago, estômago e rim.

O tabaco também está associado a ataques cardíacos e às doenças cérebro-cardiovasculares.

As pesquisas demonstram também que o fumo é a causa principal de bronquites crónicas e enfisemas pulmonares. Além disso, em mulheres grávidas, o cigarro causa partos prematuros e o nascimento de crianças com peso abaixo do normal.

Durante o seu consumo são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai do escape de automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioactivas.

Os malefícios causados pelo tabaco ao pulmão podem ser irreversíveis. E a capacidade funcional das vias aéreas diminui rapidamente – jovens com idades entre 18 e 20 que se tornaram fumadores com 14 anos já têm capacidade pulmonar equivalente à de um adulto na faixa dos 30 anos.

Com capacidade funcional diminuída, os fumadores têm pulmões mais vulneráveis a infecções e, portanto, estão sujeitos a mais constipações, gripes, bronquites, pneumonias e até tuberculose.

Quando a dependência da nicotina é alta, a sua ausência provoca sintomas físicos como dor de cabeça, enjoo, ânsia de vómito, ansiedade e irritação, mas é possível deixar de fumar. Existem produtos que oferecem pequenas doses de nicotina, livres de outros ingredientes tóxicos do tabaco. São adesivos, pastilhas e sprays nasais, que devem ser utilizados sob orientação médica.

Parar de fumar depende de uma grande dose de força de vontade. Muitos conseguem eliminar o vício, provando que é possível ficar livre dele e de todas as suas consequências para a saúde.


Artigo publicado em Sapo Saúde em 13-10-2009.

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